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Assim ela venceu o medo, pegou o telefone e ligou.
Seu coração pulsando mais rápido do que o normal,
pensamentos a mil: ''o que vou falar?''.
Ensaiando mil vezes o que dizer
até a coragem chegar...
e chegou.
Mas será que vai atender?
Atendeu.
Ela que já não lembrava mais de sua voz, lembrou.
Não era a mesma voz que ela tinha uma vaga recordação,
era uma voz diferente, cansada
ou então era uma voz querendo continuar em silêncio.
Quanto a ela, ela era puro nervosismo.
Poucos minutos de conversa,
ela que agora já nem lembra mais do que ele falou,
até lembra mas prefere guardar só pra ela.
A isto chamariam de saudade,
eu chamaria de...
não sei.
Só sei que ela gostou de ouvir aquela cansada voz.
Aline Machado